Eu não entendo a Astrologia como mero e único papel de ver a previsão diária e anual. Claro que isso faz parte, é uma das características da Astrologia. Penso que ela deve ser experimentada como um papel de maior grandeza que a ela é reservada pelo Incognoscível. Sem renegar o papel primário da astrologia para previsão e analise, e para melhor estar presente neste planeta, observando pelo mapa natal os caminhos claros e objetivos para a vida, suas realizações, a nossa interação, amor nas relações e a nossa saúde.
Devemos olhar as mensagens dos símbolos planetários, uma parte fundamental da Astrologia, como imagens de nossos processos e psiquismo interior. É através dessa simbologia que podemos abranger os paradoxos e a complexidade da vida. Isso significa: olhar a carta natal para ter consciência de nossas metas, nossos objetivos e nossa missão maior. Estão colocados nas “entrelinhas” das estrelas o material e os instrumentos que podemos galvanizar para atingir um ponto maior na encarnação.
Há passagens secretas desenhadas entre a Geometria sagrada dos aspectos. Há o “caminho do Dragão”, complexo ponto astronômico do espaço, em vez de “corpos físicos”. É um caminho que tem uma estreita relação cármica com o Sol e com a Lua. Com o “Ser” e a “Alma”. O portal entre o Passado e o Futuro.
Olhar para Plutão é admitir a impermanência, a nossa chance de morrer e olhar para o espaço para renascer e apreciar a vida pelo processo criativo Divino. Olhar para Netuno é ver a nossa distancia ou presença no reino de Saturno, pelo olhar extremo da espiritualidade ou da extrema Ilusão. Urano nos ajuda a libertarnos de nossas prisões e nos leva em momentos cruciais onde podemos ultrapassar a nossa rigidez e tocar o Universo com o âmago do nosso ser. E a misteriosa constelação de Serpentário, o portador da Serpente, que nos remete aos segredos indecifráveis, à mistérios avassaladores com suas linhas tênues e silenciosas que podem nos levar a colossais vislumbres e portais ou a penetrar na verdadeira escuridão da noite do Cosmo.
Vamos tentar? Eu proponho olhar por esses ângulos mágicos. Entrar significa não mais olhar para trás. Não mais voltar.