segunda-feira, 11 novembro, 2024

Câmara convoca secretária de educação para explicar obras escolares

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Câmara convoca secretária de educação para explicar obras escolares

Foi aprovado* na noite desta segunda-feira, 14, um requerimento da oposição que convoca a secretária de educação de Palmeiras, Albani Sales, a prestar esclarecimentos à Câmara dos Vereadores sobre as obras de reforma da rede municipal de ensino.

A medida é fruto da pressão popular feita na sessão anterior da Casa, que recebeu um protesto organizado por um grupo de mães, pais e professores do Vale do Capão, da sede e dos povoados do Tejuco, Taquari, Lagoa dos Patos, Ribeirão, Serra Negra e Cruz. Os manifestantes denunciaram ao Legislativo que além de atrasar o início do ano letivo, as obras não contemplam as necessidades das comunidades e ainda estão sob suspeita de irregularidades.

Com base nestes depoimentos, os vereadores Gilberto Nascimento, o Giba (PT) e Kléber Fernandes (PP), também incluíram no requerimento a convocação de um representante da empresa LK Engenharia, de Rui Barbosa, vencedora da licitação, no valor de R$ 2,6 milhões para a reforma de 12 prédios escolares.

“O objetivo do nosso requerimento é esclarecer os fatos que estão sendo questionados, sobretudo as graves suspeitas de superfaturamento. Queremos saber se a secretaria dialogou com as diretorias das escolas para listar as reais demandas, também queremos explicação sobre essa história de que os valores das planilhas são estimados não valores reais e o que mais ocorrer”, declarou Kléber.

Na mesma sessão foi aprovado ainda outro requerimento de mesma autoria convocando a secretária de Desenvolvimento Sustentável (Sedesp), Naiara Nascimento, com o objetivo de explicar a situação de abandono dos parques municipais do Riachinho e do Pai Inácio. “Na verdade o requerimento dos parques municipais tem relação com o das escolas, visto que a titular da Sedesp alegou em uma entrevista que as placas do Riachinho estão prontas há três meses, mas ainda não foram instaladas porque o pessoal da infraestrutura estava ocupado com as obras das escolas, obras estas que deveriam estar sendo realizadas pela LK Engenharia e não pela prefeitura”, observou Giba.

O primeiro requerimento foi aprovado com apenas um voto contrário, do vereador Dudu (PL), que também votou contra o segundo requerimento juntamente com o vereador Tiago Rôla (PL). Os requerimentos foram aprovados no mesmo dia que marcou o início do ano letivo de 2022 nas três maiores escolas do município: Souto Soares e Manoel Afonso, na sede, e Caeté-Açu, no Vale do Capão. Em outras oito unidades, as obras estão tão atrasadas que a prefeitura decidiu substituir as aulas presenciais pela “modalidade online”.

A única das 12 escolas da rede que está tendo aulas presenciais regulares é a da comunidade de Campos de São João, conhecida nacionalmente por sua proximidade com o Morro do Pai Inácio, e localmente por ser a terra do prefeito Ricardo Guimarães (PSD). Por lá, as aulas só começaram porque a Prefeitura conseguiu a cessão de um prédio que pertence a uma ONG chamada Casa de Maria.

Entulho e rodízio

No Capão, apenas 100 dos 301 estudantes matriculados voltaram às aulas presenciais nesta segunda-feira. Como as obras de reforma iniciadas em dezembro pela Prefeitura ainda não foram concluídas, a escola decidiu instituir um sistema de rodízio em que os alunos terão de três a quatro dias de aula nas próximas duas semanas.

Tabela de rodízio de aulas no Capão: acima as turmas do matutino, abaixo as do vespertino

“O grupo de professores decidiu pelo retorno progressivo até a última semana de março. Nesse período vamos usar o menor número de presentes para minimizar os impactos da pandemia através de um acolhimento mais afetivo com nossos alunos que ficaram tanto tempo sem aulas”, justificou a diretora Rosângela Mendes.

Pela manhã, pais e mães de alunos do sexto ano registraram as condições precárias em que as aulas começaram: a escola está sem portão, e acumula entulho pelos corredores laterais e até mesmo na área do parquinho de madeira.

“A escola não tem portão nem gente pra tomar conta, o colégio tá aberto pra qualquer um entrar, inclusive os cachorros da rua”, constatou o astrólogo Jorge Seixas, pai de uma menina que irá estudar no ensino fundamental II da escola a partir do ano que vem.

Jorge estranhou que apesar da grande quantidade de materiais de construção como blocos, latas de tinta e entulho em todos os cantos, não havia nenhum operário no local. “As crianças circulavam naquele ambiente de resto de obra, mas não tinha ninguém trabalhando ali. É como se eles tivessem suspendido o serviço”, lamentou.

A reportagem do Portal Vale do Capão tentou ouvir a secretária de educação, Albani Sales, mas até o fechamento desta matéria ela não havia atendido à ligação, tampouco respondido as perguntas enviadas por aplicativo de mensagem.

*Na versão original havia sido publicado erroneamente que o primeiro requerimento foi aprovado por unanimidade. A informação foi retificada às 10h19 desta terça, 15/03

Aurelio Nunes
Aurelio Nunes
Jornalista de profissão, palmeirense de coração, morador do Vale do Capão
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