sábado, 27 julho, 2024

Campanha Bicicultural arrecada doações para moradores de Lençóis

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Campanha Bicicultural arrecada doações para moradores de Lençóis

Eu, Laura, sou moradora do Vale do Capão faz dois anos. Acredito que, independente de nossa origem, nós temos que ter compromisso em honrar o local onde estamos vivendo. Ou seja: devolver todo o bem-estar e bem-viver coletivo que ele nos oferece.

As enchentes e gritos por socorro

Ao começarem as chuvas, todos nós ficamos sabendo que muitas famílias ficaram desabrigadas em outras regiões da Chapada Diamantina. Mais que isso, surgiram vários pedidos de socorro pelo WhatsApp: “vocês, do Capão, nos ajudam?”. “As famílias perderam tudo, vocês conseguem recolher doações?”. Os gritos eram de Lençóis, quase vizinhos nossos – os 72km que nos distanciam não são nada neste sertão montanhoso. Como negar um pedido desse?

Lençóis sofre embaixo d’água

Rafael, que transita entre o Capão e Lençóis, me mandou vários vídeos e áudios. Crianças sendo resgatadas da água, cadeirantes quase se afogando, adultos se machucando nas tentativas de resgatar os outros. Casas alagadas. Ou seja: o caos. Rafael contou que ele mesmo pisou em cacos de vidro ao passar a madrugada tentando ajudar os outros.

Bel, guia e brigadista, não sabia da história de Rafael. Mas também veio ao meu encontro pelo WhatsApp: “precisamos fazer alguma coisa!”. E o que podemos fazer?

Cá entre nós, recolher doações é o mínimo que nós, do Vale do Capão, podemos fazer do alto do nosso privilégio de poder dormir em camas secas e quentes.

O que está acontecendo?

Mas o que se passa? A ciência aponta que o La Niña, fenômeno climático, é um dos grandes responsáveis por esse contexto caótico.

Durante esse fenômeno, os ventos alísios se intensificam e as águas superficiais do Oceano Pacífico Equatorial acabam se resfriando.

Traduzindo: no Brasil, quando surge o La Niña, ocorrem chuvas mais abundantes na Amazônia, com aumento na vazão dos rios e enchentes. No Nordeste, isso também significa maior precipitação, maior chuva.

No Sul, as temperaturas sobem e há maior ocorrência de secas. No Sudeste e Centro-Oeste, os efeitos são imprevisíveis.

Sul da Bahia sofre

No Sul da Bahia, as últimas notícias (dezembro) são de que 58 cidades estão submersas e 72 seguem em estado de emergência.

Em visita à região, governador Rui Costa disse não lembrar de “tragédia tão grande”; 18 pessoas morreram.

Mudanças climáticas

Além do La Niña, nós sabemos que as mudanças climáticas estão alterando o planeta de forma rápida e, talvez, irreversível.

O impacto da humanidade sobre o clima é a “constatação de um fato”, declararam cientistas da Organização das Nações Unidas (ONU) em um estudo histórico feito no segundo semestre de 2021.

O relatório diz que as emissões contínuas de gases do efeito estufa podem romper um importante limite de temperatura em pouco mais de uma década.

Os autores dizem, no estudo, que, desde 1970, as temperaturas da superfície global aumentaram mais rápido do que em qualquer outro período de 50 anos nos últimos 2 mil anos.

Esse aquecimento “já está causando muitos extremos climáticos em todas as regiões do globo”.

O que podemos fazer?

O que nós, do Vale do Capão, podemos fazer em relação a tudo isso? Primeiro: separar corretamente nossos resíduos (vulgo “lixo”) facilitando que os recicláveis cheguem até o GAP (Grupo Ambiental de Palmeiras) através dos mutirões de Coleta Seletiva do Coletivo Capão em Parceria com o Recicla Capão; enterrar nossos orgânicos; evitar poluição sonora para preservar o que ainda resta de nossa fauna; reaproveitar, reutilizar e… e doar roupas, mantimentos e colchões para os desabrigados da chuva.

Campanha BiciCultural

Deixe suas doações com a gente, na BiciCultural, nos Campos (em frente à Pousada Tarumin). Caso tiver problemas em levar, entre em contato que iremos até você.

Contato: +55 (41) 99586-1804 – Laura

Você pode não conseguir mudar o mundo, mas pode diminuir o sofrimento de algumas pessoas. Cada formiga ativa faz, do formigueiro, um lugar melhor para se viver.

Texto escrito por Laura Moreira Sliva, responsável pela Campanha e revisado pelo Jornalista Aurélio Nunes.

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