Dozinho é (e digo no presente, embora ele tenha ido para outros garimpos noutras plagas recentemente) uma pessoa única em seu humor, em seu riso abundante como a chuva das águas. Olhos miúdos de quem espreme pra ver mais e melhor, só pra rir mais…
As pessoas mais velhas vão nos abandonando à nossa sorte, como se não precisássemos delas, como se, mesmo adultos, ou mesmo idosos, prescindíssemos da história. Quando cada uma daquelas pessoas que conheci quando aqui cheguei se vai, definitivamente me bate, além da saudade, da sensação de perda, um sentimento de que estamos diminuindo.
A memória coletiva é uma parte de nós e nossa memória é algo que está inclusa nas recordações de todos aqueles que aqui habitam, seja porque aqui nasceram, seja porque aqui aportaram. Há quem chegue ao Vale do Capão apaixonado pela sua paisagem belíssima. Nem sempre atentam para a paisagem espiritual e cultural que aqui existe e que também torna este lugar tão especial. Quem não vê a beleza das almas não sabe o que está perdendo!
Quem não se deleitou com o jeito de Dozinho, com suas histórias, seus comentários e sua alegria perdeu para sempre um algo que está agora inacessível exceto para aqueles que, como eu, beberam nessa fonte e guardaram no coração o coração daquele homem.
Recebam o meu abraço!
Gostei muito da forma poética, sensível e “sentimental”como Aureo descreveu este maravilhoso ser que é o nosso inesquecível Dôga!!! Um grande privilégio para os que tiveram a sorte e a honra de conhecê-lo!!!