Desde o dia 28 de dezembro até o dia 9 de janeiro o Vale do Capão será sede de um encontro com shows e oficinas que tem como objetivo promover o intercâmbio cultural entre Nigéria e a Chapada Diamantina. A novidade do Festival Adún é a presença do Artista Nigeriano Ìdòwú Akínrúlí, percussionista e especialista na realização de ações culturais de promoção das artes e cultura Yorùbá, sua matriz étnica, no Brasil. Trabalha com artistas da Nigéria e África em geral com foco na tradição e expressões contemporâneas da música e dança.
Em 2018, promoveu o Intercâmbio Cultural entre Nigéria e Brasil, fazendo parte da comissão organizadora da visita do rei Ọọni Ọba Adéyẹyẹ̀ Ẹnitàn Ogúnwusì, maior autoridade do povo Yorùbá, à Salvador, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Atualmente, é coordenador da empresa ÌLÚ AKIN Produções, dirige o projeto Ontologias Outras, Grupo ÌBEJÌ, Ọ̀ṣẹ́ẹ̀túrá Africa’njazz e FELA DAY POA (Evento em tributo a Fela Kuti).A frente da Ìlú Akin Produções, e enquanto produtor cultural, Ìdówú Akínrúlí, através desse setor cultural e artístico, atua na continuidade ao fomento, promoção e produção de eventos e manifestações artísticas voltadas para a disseminação e conhecimento da cultura yorùbá no Brasil e na Diáspora.
Através de seu engajamento e compromisso com seu povo e cultura, pode proporcionar momentos históricos de intercâmbio cultural e diplomático entre Brasil e Nigéria, bem como momentos marcantes, profundos e profícuos, de inestimado valor material e imaterial para a população brasileira.
A programação de oficinas com Ìdòwú Akínrúlí começa a partir do dia 28 de dezembro e aborda temáticas específicas da cultura yoruba como a história, a transmissão de saberes populares através da oralidade e do canto africano, limpeza para o ano novo – reza, cantos e banhos de ewé (folhas), ensino de ritmos e danças tradicionais do povo yorubá e termina o dia 7 de janeiro con afrobeat, combinação de música iorubá, jazz, highlife, funk e ritmos, fundido com percussão africana e estilos vocais, popularizado na África na década de 1970 pelo seu criador,o artista nigeriano Fela Kuti. As oficinas serão ministradas em diferentes dias e horários em distintos espaços do Vale do Capão como o Restaurante Matagal e o Sítio Enarmonia.

Além das oficinas, o festival propõe uma série de shows musicais ao vivo com artistas e bandas locais do Vale do Capão que compartilharam o palco com o artista convidado Ìdòwú Akínrúlí na Pousada do Capão nos dias 2, 5, 8 e 9 de Janeiro.
BANDO PASSARIM
Integrado por Tiago Gusmão, Kika Brandão, Valentina Maria, Carolina Endi e Patrícia Ferraz, nasceu em 2009 no Vale do Capão, Chapada Diamantina, Bahia. É um coletivo de músicos e educadores musicais, intérpretes e criadores que se uniram em torno da pesquisa, apreciação e experimentação da música tradicional brasileira. Desenvolvendo um trabalho de composição de canções e temas instrumentais a partir desta experiência.
A canções do grupo têm os pássaros e seus encantamentos, a mito-poética da música cabocla e ribeirinha como fontes de inesgotável inspiração. Passarinhos da Chapada Diamantina e de diferentes regiões do Brasil são cantados em variados gêneros musicais como o toré e rojão de roça, coco, cacuriá, bumba-meu-boi, samba, ciranda de roda, maracatu, ijexá, xote, baião, entre outros da música tradicional brasileira.
DIGITAL MANDINGA
DJ que trás consigo remixes, edits e produções próprias nas vertentes do Ijexá, maracatu, coco, MPB, entre outros estilos da música de nossa terra, semper na busca de proporcionar uma experiência musical 100% brasileira com um toque de modernidade através do techno, downtempo e outros ritmos que levam muito grave e tambor.
PASSARO CELESTE
Projeto musical que abrange vários gêneros, que têm como fio condutor o afro-americano (blues, reggae, soul, funk, samba), o africano (referências ao blues do deserto do Mali e os tuareg) e a world music de raiz, no geral, junto com a música psicodélica dos anos ’60 e ’70, o rock progressivo e muito mais. Este projeto foi fundado pelo cantor e violonista Giuliano Ingrosso, em 2016, com a realização do álbum homônimo, em solo. No final de 2020, Pablo Molina no baixo e Leonardo Frodo na bateria se juntam ao projeto, participando da edição Ressonar 2021 e ganhando, no mesmo ano, o primeiro prêmio, Rootstock Artist Awards 2021, festival de música da França. Logo em seguida, Chapa Morata se junta à banda, nos teclados, para completar a formação que se apresentará no dia 5 de janeiro.
AMANI KUSH
Músico brasileiro, cantor e compositor que utiliza a música como ferramenta de libertação e expansão da consciência, manifestando em suas músicas o empoderamento dos povos africanos diásporos através do conhecimento de suas raízes.
TRIBUTO A FELA KUTI (The Black Presidente)
Um show com músicas dançantes que carrega a força da ancestralidade, possui cenários que reproduzem os originais do movimento afrobeat e as histórias das músicas que Fela Kuti, o criador do AFROBEAT, criou para promover a cultura de seu povo e denunciar os processos de colonização e política repressiva na Nigéria. O show é regido por Ìdòwú Akínrúlí, que vivenciou o ritmo do Afrobeat com a família de Fela Kuti e conta com a participação de musicistas do Vale do Capão para sua realização, trazendo a linguagem mais fiel do Afrobeat.
“Raiz de folha verdadeira” Caeté é uma palavra indígena tupi, “Monte Verdadero” (Ka’ateté). Nascida em 2018 entre os vales do Parque Nacional da Chapada Diamantina, Brasil. Caeté Raiz funde afro-latino, afro-beat, reggae, ska e seus espíritos circenses, criando uma poderosa presença visual e musical. Composto por músicos viajantes de quatro países diferentes, que se viram compartilhando uma vida simples, saudável e criativa. É o fruto recente de uma árvore antiga, com a intenção de paz e cura da alma e do mundo. Desde a sua criação, a banda se apresentou no cenário musical local, regional e, recentemente, nacional do Brasil, sendo rapidamente acolhida pelo público com surpreendente efervescência, o que os incentivou a enfrentar sua primeira turnê latino-americana.
Integrantes:
Pablo Molina, (Chile), Guitarra, Bateria e composição
Javier Molina, (Chile), Trombone
Luciano Alonso, (Argentina), Baixo, composição e arranjos
Leonardo Frodo, (Brasil), Voz, Guitarra, Bateria e composição
Isabel Cardona, (Colombia), Voz, percussão e composição
Paula Aldunate, (Chile), Sax Alto