Uma moradora do Vale do Capão, que vive há cerca de cinco anos na comunidade, relatou uma situação preocupante envolvendo o atendimento de urgência prestado pela ambulância que atende o povoado. O caso ocorreu quando um amigo idoso, de 75 anos, passou mal, apresentando sinais de queda de pressão durante o forte calor do meio-dia.
Segundo o relato, ao acionar a ambulância, o socorro chegou rapidamente, conduzido por uma motorista “muito gentil e solícita”. No entanto, ao colocarem o idoso na parte traseira do veículo, os presentes perceberam que o espaço estava extremamente quente e sem ventilação adequada. “Estava muito quente e não existia ar-condicionado. Considerando o sol do meio dia e o calor, resolvemos nós mesmos levá-lo em carro próprio, com ar condicionado”, contou.
A moradora, que tem cadastro na Unidade de Saúde da Família do Vale do Capão e já havia utilizado o sistema público outras vezes, expressou indignação com a situação:
“Nós tínhamos carro e condição de levá-lo, mas e as pessoas humildes e sem transporte fazem o quê? Ficam reféns desse péssimo serviço?”
Para ela, a responsabilidade pela manutenção e adequação das ambulâncias é da Prefeitura Municipal de Palmeiras, e o caso evidencia a necessidade de melhorias no transporte e fornecimento de materiais clínicos e hospitalares.
Apesar da crítica, a moradora destacou o bom atendimento prestado pela equipe de saúde envolvida:
“A motorista foi maravilhosa, assim como o médico que nos atendeu no hospital de Palmeiras, mas o resto deixa muito a desejar.”
Ela informou que ainda pretende registrar oficialmente o ocorrido junto à prefeitura e reforçou a importância de garantir condições dignas para todos os moradores, especialmente os que dependem exclusivamente do serviço público.









