O Festival Tabuleiro da Dança é um projeto cultural que celebra a dança, a diversidade e a arte para promover a democratização do acesso à dança e valorizar artistas nacionais e estaduais. O projeto já tem vinte anos de trajetória com apresentações em importantes palcos da capital baiana e uma edição especial virtual durante a pandemia. O objetivo do evento é contribuir para a profissionalização de artistas, grupos e coletivos da dança, promovendo a interação entre territórios periféricos e centrais.
Este ano o festival ocorreu nos dias 14 a 18 de maio na CAIXA Cultural Salvador e ofereceu oficinas, bate-papos, apresentações e uma mostra infantil, com foco em expressões corporais, saberes ancestrais e resistência artística com acesso gratuito e aberto ao público. A 20° edição reuniu um total de 16 companhias que apresentaram produções com diferentes linguagens contempladas que foram da dança afro-brasileira às danças urbanas e contemporânea, passando pela valsa, quadrilhas juninas e dança do ventre.
A programação formativa teve Oficina de Dança Afro-brasileira ministrada por Tatiana Campêlo, Dança Moderna com Anderson Rodrigo e Robson Portela y Oficina de Valsa, ministrada por Arlisson Pirata, que contou com acessibilidade em Libras. A mostra artística se iniciou na sexta-feira (16) com o coletivo Afrobapho, seguido por apresentações das companhias Corpo de Baile Raízes Black, Grupo Uzarte, Luan Isaltino Cia de Dança, Brisa Òkun e Cia de Dança Robson Correia. No sábado (17), as apresentações ocorrem em dois momentos. À tarde, se apresentam Grupo Jeitus, Áttomos Cia de Dança, Jorge Silva Cia de Dança, Corpo de Baile Raízes Black e a bailarina Antonia Lyara, com solo de dança do ventre. À noite, o destaque foi para a Companhia local Ominirá, o Balé Jovem de Salvador, Cia Sinha Guimarães, Grupo Jeitus, Grupo Uzarte, Corpo de Baile Raízes Black e Antonia Lyara.
A Companhia de dança Ominirá, integrada por pessoas nativas e locais do Vale do Capão, nasceu a partir do trabalho e experiência de Toni Silva professor, coreógrafo, e pesquisador das danças afro-diaspórica, africanas, afro-brasileiras e da simbologia dos orixás. Para o grupo que tem uma vasta trajetória com apresentações em eventos locais na Chapada Diamantina e nas jornadas de dança da Bahia em Salvador, a participação no Tabuleiro da Dança foi muito significativa. “Reverência” é um trabalho coreográfico estreado na 7° edição do Festival Vale que dança em 2024, interpretado por Camila Araújo e Laís Araújo com coreografia e direção de Toni Silva. Segundo Laís Araújo, que atualmente se desenvolve como agente territorial de cultura no Vale do Capão: “ A experiência foi muito marcante e forte. É a primeira vez que eu danço em Salvador e fiquei muito grata pelo Tabuleiro da dança ter esse cuidado com Ominirá. Foi muito único e eu me senti em casa, estava muito tranquila e muito feliz. Era como se eu já estivesse ali em outro momento, não parecia novo mas ao mesmo tempo era. Foi surpreendente e uma sensação muito única”.
Assim mesmo, Camila Araújo, que este ano começou a ministrar aulas de dança dentro da companhia, expressou também o seu agradecimento: ” Agradeço nossa experiência, nossa primeira vez em Salvador, parecia que eu já tinha dançado lá várias outras vezes. Meu sentimento é de gratidão por ter escolhido Ominirá para dançar no evento Tabuleiro da Dança”.



Neste ano, no Vale do Capão irá acontecer a 8°Edição do Festival Vale que Dança, organizado por Toni Silva, Ominirá – Cia de Dança e Ago espaço cultural. O festival tem como objetivo promover a dança afro-brasileira e contemporânea, além de valorizar a cultura local e é conhecido por suas oficinas de dança, apresentações de artistas locais e de outras partes do Brasil. Para acompanhar o trabalho de Cia Ominirá nas redes:
https://www.instagram.com/ominira.danca/