quinta-feira, 28 março, 2024

Manifestantes lotam Câmara de Palmeiras para protestar contra obras e atraso do ano letivo

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Manifestantes lotam Câmara de Palmeiras para protestar contra obras e atraso do ano letivo

Uma semana depois da mobilização realizada por mães, pais, professores e alunos da Escola de Caeté-Açu, a cidade de Palmeiras voltou a ser palco de novas manifestações. Mas desta vez, não foram apenas os membros da comunidade escolar do Vale do Capão que foram às ruas: a eles se uniram moradores dos povoados Tejuco, Taquari, Lagoa dos Patos, Ribeirão, Serra Negra, Cruz e da sede, em uma mobilização inédita na história do município. Eles protestaram nesta segunda-feira, 7, contra as obras na rede municipal de ensino, que além de atrasar o início do ano letivo, não contemplam as necessidades das comunidades e ainda estão sob suspeita de irregularidades.

Cerca de 50 pessoas se reuniram na Praça Dr. José Gonçalves, a principal da cidade, onde ficam os prédios da Prefeitura e da Câmara de Vereadores. Após uma breve caminhada, o grupo se reuniu e formou uma comissão com líderes de cada comunidade para realizar breves falas durante a sessão legislativa. 

A professora Ariane Rocha e o vereador Dudu durante sessão da Câmara

Mãe de um aluno de 13 anos da rede municipal, a professora Ariane Rocha explicou aos vereadores que o convite feito a outros povoados para participar da mobilização nasceu da percepção de que a situação observada na escola de Caeté-Açu não era um fator isolado. “Foi isso que nos motivou a fazer contato com outras comunidades, daí entendemos que precisávamos fazer algo maior, mais expressivo, que culminou nesse protesto e nessa cobrança por mais fiscalização”, destacou.

Além da representante do Vale do Capão, tiveram direito a fala moradores da sede, Lagoa dos Patos, Cruz, Tejuco e Taquari, nesta ordem, De forma uníssona, as pautas de cada comunidade, logo de cada escola, foram levantadas durante a sessão. Entre as peculiaridades de cada local, algumas questões foram recorrentes, como a disparidade entre a planilha de gastos e a realidade das obras. Segundo a presidente da Associação de Moradores da Cruz, Elisângela Gonçalves, que também é funcionária da escola do povoado, o que mais choca é que além de não contemplar as demandas da comunidade escolar a reforma da Prefeitura ainda ameaça remover obras realizadas em sistema de mutirão pela própria comunidade, como o forro e os pisos. “Se não fosse a gente que tivesse formado o grupo amigos da escola e reformado, certamente o prédio já teria caído”, disparou.

Manifestantes questionam reformas durante o período escolar

Após as falas dos representantes do Capão, sede, Lagoa dos Patos, Cruz, Tejuco e Taquari, nesta ordem, o presidente da Câmara, Geferson Guimarães, o Feu (PSD), cedeu a fala para os outros vereadores que compuseram a mesa. Durante fala incisiva, o vereador oposicionista Kléber Fernandes (PCdoB), além de reiterar os pontos colocados pela comunidade, citou que conforme busca pessoal, no site do TCM, foi observado que obras parecidas já haviam sido feitas em escolas do município em 2019, com valor bem inferior ao registrado agora em 2022.

Em contraponto aos argumentos dos manifestantes, o vereador situacionista Carlos Eduardo, o Dudu (PL), defendeu o Prefeito Ricardo Guimarães das acusações de superfaturamento alegando que os altos valores das planilhas referem-se apenas a “possíveis gastos”. Segundo ele, apenas metade, ou menos da metade desse valor será de fato utilizado, de acordo com as necessidades de cada escola. Contudo, as explicações não foram bem aceitas pela plateia, nem pelos vereadores de oposição, que iniciaram uma série de questionamentos, interrompendo a fala do Vereador. Neste momento o clima foi ficando um pouco mais ríspido, e quase a sessão foi paralisada pelo Presidente da Câmara.

O vereador Dundum (PSD), apresentou planilhas atualizadas dos gastos com a escola municipal de Caeté-Açu, no Vale do Capão, de R$ 117 mil. Isso significa que, faltando apenas uma semana para a nova data estabelecida pela Prefeitura para o início das aulas presenciais, o valor gasto na obra do Capão é de apenas 36% dos R$ 322 mil previstos. À reportagem do Portal Vale do Capão, o vereador Giba (PT) rebateu: “Aquela obra estava dada como pronta. Agora que vieram dizer que tem mais R$ 200 mil pra gastar por causa do movimento que houve, caso contrário dariam a obra como concluída sim”, acusou.

Tanto a manifestação quanto a sessão da Câmara não contaram com a presença do Prefeito Ricardo Guimarães, tampouco com a da Secretária de Educação, Albani Sales.

*Reportagem de Eric Almeida, sob a supervisão do editor Aurelio Nunes

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