Conversando com o amigo Ernesto do Rio de Janeiro, compartilhamos da ideia de como é importante comemorar o Equinócio de Primavera próximo. Por algum motivo intentamos juntos a necessidade e importância desse equinócio nesses tempos obscuros.
Olhando o mapa da Primavera para este ano, me chamou atenção Vênus, Júpiter e Netuno formando um aspecto interessante chamado YOD, ou Dedo de Deus. O Yod se configura a partir de dois planetas se relacionando entre si a 60º um do outro, aspecto chamado de sextil e ambos formando outro aspecto, chamado quincôncio com um terceiro planeta a 150º ; configurando-se desta forma um triângulo com dois lados iguais.
Quando ocorre este aspecto de Yod ou Dedo de Deus, forma-se um ponto focal de intensidade e densidade.
Indica momentos propícios a integrar a luz e a sombra em nossa vida. Podem surgir emoções profundas, confusões emocionais, turbulências e extremos. Misturam-se energias apaixonadas. Surgem confusões e instabilidade. Nos possibilitando integrar e trabalhar as sombras dentro da nossa família, dos nossos grupos e da nossa comunidade.
Proporciona olharmos a entrada do Equinócio da Primavera nesse ano como um potencial de superação, nos sugerindo superações através das nossas ações amorosas, da nobreza em nosso caráter e da generosidade com o próximo para irmos ao encontro da vida simples. Podemos ser levados a experienciar atitudes de defesa, desconfiança e de ceticismo, mas também poderemos nos aproximar, nos harmonizar e intensificar o interesse pelos outros e pelo coletivo. São escolhas individuais.
O Yod adverte através da necessidade de integrar os nossos valores e a expansão deles, com responsabilidade perante o conhecimento superior, com a espiritualidade e com as bases reais e estruturadas. Integrar a luz da Ciência à do Espirito através da nossa sensibilidade com o Planeta que ora habitamos, na sutileza desse “habitar” e em nosso caminhar.
São tempos de evoluir através de Quíron em Áries, com as demandas, com os conflitos, cicatrizando nossas feridas e combates. Refletindo sobre nossa impaciência e desamor, para construirmos os novos valores sugeridos por Urano, o Libertador, ainda retroagindo.
Ouso dizer que o Yod, nesse momento pode ser mesmo, o Dedo de Deus apontando o surgimento de um novo mundo, um Nova Era, ainda que o bafo do malfazejo, da ignorância e do passado resista diante da Transformação. E como diz o Poeta na sua canção “É você que ama o passado e que não vê, que o Novo sempre vem”.
Ao que parece, existe esperança nestes tempos sombrios! Seria bom um pouco mais de aprofundamento nesse aspecto astrológico, para que leigos como eu possam compreender melhor e ter mais consciência nas nossas ações