Todos devem estar sentindo os calores destes tempos de sol (poderíamos dizer inclemente, mas por que o sol deveria ter clemência? Afinal é da natureza do sol iluminar e queimar).
As plantas estão crestadas, o ar é seco e a chuva é desejo de todos. Mas se demora! Quanta demora!
Preocupa-me o fogo na serra, não sei se fruto de queimadas, de irresponsabilidade de alguém que não se preocupou em vigiar o fogo ou não apagou devidamente a ponta do cigarro, ou se de algum fenômeno natural… Mas o que mais me toca é saber que este ar seco e o pó que se levanta numa dança que, convenhamos, é bonita, embora não tanto quanto o fogo que devasta as serras e nos mostra que beleza também pode ser mortal.
Nisso, nessa secura do ar e do pó, me vem o pensamento nas crianças do nosso Vale, que logo começam a sentir o ar queimar, mais que refrescar. Bronquite, asma, amigdalite, ardor… os adultos também sofrem, mas as crianças… Sei não, mas deveria haver uma lei contra crianças ficarem doentes.
Crianças são como passarinhos cantarolantes e saltitantes que se divertem com quase nada e choram por tudo (esta é a parte não tão boa). Gosto de vê-las sadias. Lembro de minhas filhas e de meu filho, qual pequenos duendes, correndo de um lado para outro, brincando com seus pares como se brincar fosse uma obrigação irremediável, da qual impossível fugir – principalmente porque disso não querem fugir!
Por isso, porque as crianças foram feitas para nos iluminar a vida, quero pedir aos pais e às mães que neste momento hidratem bastante os pequenos e pequenas, sucos naturais, preferencialmente aqueles que não necessitam de adoçar, água bastante, banhos de rio, e, à noite, debaixo da cama ponham uma bacia com água fervendo para umedecer o ar. Quando possível, leve-os para longe dos lugares que têm poeira dos carros.
Beijos no coração de vocês!