sexta-feira, 26 julho, 2024

Ar seco e crianças

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Ar seco e crianças

Todos devem estar sentindo os calores destes tempos de sol (poderíamos dizer inclemente, mas por que o sol deveria ter clemência? Afinal é da natureza do sol iluminar e queimar).

As plantas estão crestadas, o ar é seco e a chuva é desejo de todos. Mas se demora! Quanta demora!

Preocupa-me o fogo na serra, não sei se fruto de queimadas, de irresponsabilidade de alguém que não se preocupou em vigiar o fogo ou não apagou devidamente a ponta do cigarro, ou se de algum fenômeno natural… Mas o que mais me toca é saber que este ar seco e o pó que se levanta numa dança que, convenhamos, é bonita, embora não tanto quanto o fogo que devasta as serras e nos mostra que beleza também pode ser mortal.

Nisso, nessa secura do ar e do pó, me vem o pensamento nas crianças do nosso Vale, que logo começam a sentir o ar queimar, mais que refrescar. Bronquite, asma, amigdalite, ardor… os adultos também sofrem, mas as crianças… Sei não, mas deveria haver uma lei contra crianças ficarem doentes.

Crianças são como passarinhos cantarolantes e saltitantes que se divertem com quase nada e choram por tudo (esta é a parte não tão boa). Gosto de vê-las sadias. Lembro de minhas filhas e de meu filho, qual pequenos duendes, correndo de um lado para outro, brincando com seus pares como se brincar fosse uma obrigação irremediável, da qual impossível fugir – principalmente porque disso não querem fugir!

Por isso, porque as crianças foram feitas para nos iluminar a vida, quero pedir aos pais e às mães que neste momento hidratem bastante os pequenos e pequenas, sucos naturais, preferencialmente aqueles que não necessitam de adoçar, água bastante, banhos de rio, e, à noite, debaixo da cama ponham uma bacia com água fervendo para umedecer o ar. Quando possível, leve-os para longe dos lugares que têm poeira dos carros.

Beijos no coração de vocês!

Áureo Augusto
Áureo Augusto
(Foto de Mariane Riani) AUREO AUGUSTO Caribé de Azevedo, soteropolitano, nascido em jan/1953, é médico, artista plástico e escritor. Escreve e dá cursos e palestras sobre medicina, história, filosofia, autoconhecimento, política, crônicas, contos e poemas. Reside e trabalha no Vale do Capão, Palmeiras-Ba, onde atua em clínica particular. Na Unidade de Saúde da Família local viveu a que considera sua mais bela experiência profissional, em um trabalho com atividades educativas, psicossomática, terapêuticas naturais, com foco na saúde e na felicidade. • Título de cidadão benemérito de Palmeiras concedido pela Câmara de Vereadores (Resolução n° 41 de 26/9/97). • Homenageado como Pioneiro nas Práticas Integrativas e Complementares no I Encontro Nordestino de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (UNIVASF, UFBa, UNEB, UFRN, UPE, UFPE, UFPB, UFCe, FA-SA), Juazeiro-Ba, 2 de junho de 2013. • Comendador da Ordem do Mérito Médico do Brasil, concedido pelo Ministério da Saúde (2017).
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